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Sono como prioridade: dormir bem contribui para a longevidade

Data da Noticia 02/06/2023
Uma boa noite de sono reduz o risco de doenças como obesidade e diabetes

Provavelmente, você já ouviu a máxima que diz que passamos um terço da vida dormindo. Isso significa que um indivíduo que viveu por 75 anos passou, em média, 25 na cama. E não é exagero! Embora possa parecer muito tempo, o período dedicado ao (bom) sono é fundamental para a saúde. 

Noites maldormidas podem reduzir o tempo de vida ou acarretar doenças graves, como obesidade e diabetes. Para falar sobre o assunto, a médica do sono Simone Chaves Fagondes, membro do Núcleo de Neurofisiologia do Hospital Moinhos de Vento, respondeu algumas perguntas. Saiba mais:

 

Como o sono influencia na vida dos indivíduos?

 

O sono é uma das necessidades básicas para o ser humano, pois permite que o corpo e a mente sejam recarregados, promovendo uma sensação de bem-estar e de capacidade de atenção plena, quando acordamos. O sono de boa qualidade e em quantidade suficiente possibilita que o organismo permaneça saudável, reduzindo as chances de adoecer. Por outro lado, quando o sono é insuficiente, o cérebro não consegue funcionar adequadamente, comprometendo a capacidade de concentração, raciocínio lógico e memória.

 

Uma pessoa pode morrer mais cedo por dormir mal?

 

Sim. De acordo com artigos recentes, dormir pouco, com um sono de má qualidade, é associado com o aumento do risco de vida em adultos de meia idade, assim como dormir muito com um sono de má qualidade aumenta o risco de morte em idosos. As pesquisas vêm demonstrando que a qualidade do sono é um fator determinante quando estamos falando em mortalidade.

 

Quais doenças um sono de má qualidade podem causar?

 

As doenças mais frequentemente identificadas são: obesidade, diabetes tipo 2, acidente vascular cerebral (AVC), doenças cardíacas, hipertensão arterial, distúrbios psiquiátricos e redução da performance intelectual.

 

Quais são as dicas para um sono revigorante?

 

Para que tenhamos um sono saudável, primeiramente, é importante colocar o sono como uma prioridade! É essencial que adotemos algumas boas práticas, chamadas de “Higiene do Sono”.

 

É desejável que o local onde dormimos, assim como as rotinas diárias, sejam voltadas a promover um sono consistente e ininterrupto. Para isso, é necessário definir horários regulares; ter um quarto confortável e sem fatores que possam interromper esse período (como ruídos, luz e equipamentos eletrônicos, como smartphone e televisão); manter uma rotina relaxante antes do sono, com redução da claridade e do barulho na casa; evitar atividades que estimulem a atenção ou gerem ansiedade ou preocupações antes de dormir; durante o dia, ter uma exposição regular e diária à luz natural; fazer atividade física regular; não fumar; reduzir o consumo de álcool; evitar a cafeína ou outros estimulantes em excesso, principalmente, à noite; não jantar em horários avançados e consumir alimentos pesados, apimentados ou em grande quantidade.

 

Qual é o tempo ideal de sono diário?

 

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), a duração varia de pessoa para pessoa. No entanto, indica que estudos epidemiológicos mostram que a recomendação, na fase adulta, para indivíduos saudáveis e que não sofrem de distúrbios de sono, é entre sete e nove horas por dia, podendo ser apropriada de seis a 10 horas.

 

Por sua vez, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) salienta que o sono saudável requer duração apropriada, boa qualidade, tempo e regularidade adequada e ausência de distúrbios, inclusive do próprio sono. A Academia recomenda que os adultos durmam sete horas ou mais por noite, regularmente, para promover uma saúde ideal. Juntamente com a alimentação e os exercícios, a AASM garante que o sono é um dos três pilares de um estilo de vida saudável.



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