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Nota aberta sobre a ocupação da UFFS Campus Erechim

Data da Noticia 17/11/2016

 

“Ocupação”. A palavra que vem sendo amplamente divulgada pelo Brasil, na maioria das vezes empregada num sentido equivocado - movimento sem organização, vazio de significados ou até mesmo sinônimo de bagunça; tem no seu teor prático, acima de tudo, fomentado o debate político entre tod@s estudantes participantes deste movimento. O país conta hoje com mais de mil escolas ocupadas por secundaristas e pelo menos duas centenas de universidades tomadas pela juventude, insatisfeita com medidas impostas pelo atual governo. Foi neste contexto que estudantes da UFFS/Erechim, organizando-se no coletivo #OcupaUFFS/Erexim somaram força e decidiram ocupar, de maneira simbólica a Universidade desde o dia 1º de novembro.

Entendendo a ocupação como um instrumento de luta, resistência e estratégia de organização política, o movimento vem sendo realizado a partir de uma série de atividades buscando o diálogo com toda a comunidade acadêmica. Sendo assim, as medidas concretizadas após o golpe de Estado aplicado pelo governo golpista Temer, fizeram-nos decididamente realizar um “trancasso" e parar as atividades letivas da nossa Universidade por tempo indeterminado.

Tendo a UFFS/Erechim toda sua história de fundação carregada de lutas, mobilizações populares e movimentos sociais e, sendo esta responsável pelo ingresso de milhares de pessoas das classes populares na Universidade, fica mais do que evidente a necessidade de luta política com esse caráter de toda comunidade da UFFS. Lutar nesse momento é lutar para resistência de um projeto de Universidade que visa o desenvolvimento da comunidade erexinense e região.

Diante de tal conjuntura, o Projeto de Lei Escola Sem Partido - Lei da Mordaça; a Medida Provisória 746/2016 - que visa a reestruturação do ensino médio e, sobretudo, a Proposta de Emenda à Constituição 55 (antiga PEC 241) – PEC do teto dos gastos públicos, são os fatores que nos fazem ocupar e, a partir de hoje, trancar a Universidade Federal da Fronteira Sul – campus Erechim.

A PEC 55, que hoje é colocada como uma forma de controlar os gastos do país, vem como uma opção política “anti-povo” ao congelar durante o período de 20 anos os investimentos com as despesas primárias do Estado brasileiro, incluindo as áreas de educação, saúde e previdência. O resultado deste processo embutido pelo governo golpista Temer se torna evidente em largar o Estado nas mãos das empresas privadas, visando somente o desenvolvimento produtivo e gerador de lucros voltado a uma minoria rica que controla o país.

Tendo em vista as mais de mil escolas ocupadas por todo o Brasil, não vemos outra saída senão a de nos juntarmos ao movimento nacional que está parando as atividades letivas em todo território brasileiro e dando uma verdadeira aula de democracia e organização da juventude. Protestar contra estas medidas impostas pelo atual governo de Temer, é mais que um movimento de luta da população, e sim, uma necessidade de um povo que sente seus direitos serem cortados sem o mínimo diálogo. O movimento também se uniu a um calendário de mobilizações proposto pelo Sindicato dos Professores da UFFS (SINDUFFS) e pelo Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFFS (SINDITAE).

Dessa forma, deixamos aberto o convite à toda comunidade de Erechim, para que se somem conosco nesta batalha política para juntos conseguirmos travar estas medidas que chegam de modo a tornar ainda mais corrompida a saúde e educação pública. Pelo menos.

Erechim, 17 de novembro de 2016.

 

Movimento #OcupaUFFS/Erechim



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  • Autor: Movimento #OcupaUFFS/Erechim
  • Imagens: Divulgação

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