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Hospitais do RS anunciam suspensão de atendimentos eletivos a segurados do IPE; veja lista de locais

Data da Noticia 30/04/2024
Medida passa a valer no dia 6 de maio, afetando 25 mil pessoas. Hospitais reclamam de valores de tabela de remuneração. IPE Saúde é um plano mantido pelo governo do RS a servidores públicos.

Um grupo de 18 hospitais (veja a lista abaixo) anunciou a suspensão de atendimentos eletivos a segurados do IPE Saúde, um plano mantido pelo governo do Rio Grande do Sul a servidores públicos e que atende cerca de 1 milhão de pessoas. A medida passa a valer a partir de 6 de maio.

Segundo as entidades que representam os hospitais, a medida deve afetar 25 mil pessoas que já tinham consultas, exames e procedimentos marcados. Nas emergências, só serão atendidos pacientes com risco de vida.

A suspensão vale por tempo indeterminado. Segundo os hospitais, a medida não afeta cerca de 2,4 mil atendimentos a pacientes internados ou em radioterapia, quimioterapia e hemodiálise.

As 18 instituições representam 60% dos atendimentos do plano de saúde. As entidades afirmam que sofrem um prejuízo de R$ 154 milhões por ano com as atuais tabelas de remuneração do IPE.

O diretor-presidente do IPE Saúde, Paulo Afonso Oppermann, afirma que recebeu com "certa surpresa" a decisão dos hospitais, porque o órgão dialoga com as entidades, e que o bem-estar do segurado "é inegociável".

"Nós vamos procurar nos organizarmos para garantir um plano de contingência que assegure ao nosso sócio, ao nosso segurado, a tranquilidade de chegar, ao precisar de um atendimento médico, tê-lo perto da forma com a qual nós estamos procurando restabelecer o acesso", diz.

Em nota, o órgão afirma que "em face da iminência de desassistência num prazo que se contrapõe a qualquer previsão legal ou contratual, impedindo que o IPE Saúde possa realocar esses segurados em sua rede credenciada, o Instituto solicitou que os hospitais informem oficialmente, em 72 horas, o propósito de realmente recusar atendimento aos usuários do Sistema IPE Saúde". Leia a íntegra abaixo.

Sede do IPE Saúde, em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV

Sede do IPE Saúde, em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV

Crise no IPE

Em 2023, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou um projeto de reestruturação do IPE à Assembleia Legislativa. O texto foi aprovado pelos deputados. A proposta aumentou de 3,1% a 3,6% a contribuição dos servidores ao plano, em descontos que podem chegar a 12%, dependendo da idade do segurado. A medida também estabeleceu a cobrança por dependentes.

Servidores públicos reclamaram do reajuste, afirmando que seus salários seguem defasados, com cerca de 6% de reposição da inflação em quase nove anos. Já os hospitais afirmam que os repasses não cobrem os custos. Em 2023, médicos paralisaram o atendimento a segurados do plano em protesto.

 

Hospitais que anunciaram suspensão de atendimentos:

Porto Alegre

  • Hospital Divina Providência
  • Hospital Ernesto Dornelles
  • Hospital Mãe de Deus
  • Hospital São Lucas/PUCRS
  • Santa Casa

Bento Gonçalves

  • Hospital Tacchini

Cachoeira do Sul

  • Hospital de Caridade

Cruz Alta

  • Hospital Santa Lúcia

Erechim

  • Hospital de Caridade

Gravataí

  • Hospital Dom João Becker

Ijuí

  • Hospital de Clínicas

Lajeado

  • Hospital Bruno Born

Passo Fundo

  • Hospital de Clínicas
  • Hospital São Vicente de Paulo

Santa Maria

  • Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo

Santa Rosa

  • Hospital Vida e Saúde

São Borja

  • Hospital Ivan Goulart

Sapiranga

  • Hospital Sapiranga

 

Nota do IPE Saúde:

"O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde) foi notificado, na tarde desta segunda-feira (29/4), que 18 hospitais credenciados ameaçam suspender os atendimentos eletivos a partir de 6 de maio de 2024.

A medida, que pode acarretar a desassistência aos beneficiários do IPE Saúde, é contrária à transparência e ao diálogo que sempre pautaram a relação entre as instituições.

Em face da iminência de desassistência num prazo que se contrapõe a qualquer previsão legal ou contratual, impedindo que o IPE Saúde possa realocar esses segurados em sua rede credenciada, o Instituto solicitou que os hospitais informem oficialmente, em 72 horas, o propósito de realmente recusar atendimento aos usuários do Sistema IPE Saúde.

A atual gestão sempre esteve pronta a negociar, desde que em bases sólidas, legais e dentro dos limites orçamentários impostos a qualquer ente da administração indireta. Acrescenta que mantém as portas abertas para seguir dialogando e garantir o bom atendimento aos seus beneficiários.

O IPE Saúde buscará alternativas que mitiguem o impacto de uma possível desassistência e manterá os usuários informados das opções para não terem o atendimento prejudicado."



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  • Autor: RBS TV
  • Imagens: Reprodução/RBS TV

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