Burocracia, ineficiência e corrupção
Estado saturado a serviço de quem fatura com ele.
Imposto demais, taxa demais, documentação demais, trâmites demais, funcionários demais e eficiência de menos. É a burocracia levada ao extremo com o firme propósito de manter estruturas repugnantes de poder e perpetuação. A compreensão é simples: um Estado enxuto e simplificado não é capaz de abrigar a "companheirada" toda. E, conhecendo nossa conjuntura política, afirmo que o círculo de "amigos" é muito maior que nossas suposições.
A lei dos serviços públicos brasileiros é: todo processo deve ser exaustivamente demorado, absurdamente segmentado e onerar ao máximo seus requerentes; isso a fim de manter uma multidão empregada às nossas custas (sem necessidade alguma) e dificultar a fiscalização da idoneidade de pessoas e tramitações (por motivos óbvios). É por isso que o Brasil comporta hoje 29 órgãos com status ministerial. Aposto que você não consegue - nem eu - citar dez deles; muito menos dizer de que forma atuam. E dez seriam mais que suficientes.
Tudo o que você fizer, burocrático será: construir, comprar, vender, ser cidadão, gerar ou ter emprego e segue a lista. Portanto, da próxima vez que tiver que pagar uma taxa ridícula ou apresentar uma enciclopédia de documentos (até a sexta geração de um conhecido do cunhado do teu vizinho), lembre-se que não é para fins de certificação, e sim para que a "turma" não se disperse.
Gerson Dickel, nascido em 21/01/1997, em Viadutos, é locutor, repórter, redator e colunista da rádio Comunidade FM. Cursa graduação em Letras – Português e Espanhol pela FAEL (Faculdade Educacional da Lapa).
- Autor: Gerson Dickel / Comunidade FM
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