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Sobre a Importância do Ensino de Língua Espanhola.

Data da Noticia 23/10/2018

Como bem sabemos (e eu espero que isso todos saibam) o Brasil está situado na América Latina (e isso mesmo que alguns tentem esquecer ou não façam questão de lembrar). Bem sabido, nossa língua mãe é o português. E, abrindo um pequeno parêntese aqui, nossa região, o Alto Uruguai Gaúcho, é formada, em suma maioria, por descendentes de alemães, italianos e poloneses (peço perdão se esqueci alguma etnia).

Bem, partindo das pequenas informações dadas no primeiro paragrafo, há de se lembrar que a América Latina, quase que como um todo, tem como língua oficial o espanhol (isso mesmo que vocês estão lendo, espanhol. Não fala italiano, nem alemão nem polonês). Como dito (e isso é bem evidente), aqui no Brasil não se fala espanhol e, por tanto, pra manter um contato mínimo com nossos hermanos é necessário o ensino de língua espanhola nas escolas públicas (afinal não são todos os que podem pagar um curso particular).

Somos descendentes de europeus? Sim, somos. Mas acima de tudo brasileiros e latino-americanos. Isso mesmo que cultuemos e tenhamos um profundo apreço pelos nossos antepassados, que são imigrantes vindos da Europa (não estou menosprezando as raízes das pessoas, apenas enfatizando que nascemos no Brasil e na América Latina).

Ainda, muitos vestibulares cobra o idioma espanhol, o próprio ENEM dá a opção para fazer a prova em um de dois idiomas: o inglês e o ESPANHOL, isso mesmo, espanhol (não é alemão, nem italiano nem polonês). Para tanto, é de suma necessidade que se aprenda ao menos o básico, que a escola dê um suporte mínimo para que o estudante saia de lá tendo algum domínio no idioma. Negar isso é um atentado contra a educação pública.

Trazendo um pouco para a realidade do nosso município (que não é na Polônia, nem na Itália nem na Alemanha, é situada no Brasil e na América Latina), cinco legisladores, seja por desinformação, desprovimento de sabedoria ou total desconhecimento das necessidades escolares, decidiram pela não obrigatoriedade da língua espanhola na escola pública de nossa cidade. Negaram o direito de jovens terem contato, mesmo que básico, com o idioma que praticamente todo o nosso continente fala.

Isso se chama negar a identidade de todo um povo, o povo latino-americano. Não nascemos na Itália, não nascemos na Alemanha, tampouco na Polônia. Isso é triste, caros leitores, muito triste! É negar o direito de um conhecimento mais amplo, de talvez conseguir ler textos de escritores como Eduardo Galeano em sua língua mãe, é sucatear e pisar mais ainda no processo de ensino-aprendizagem, é deixar à margem o conhecimento de uma língua importante e dotada de tamanha riqueza. Isso é triste, muito triste.



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  • Autor: Adilson Piloto Junior
  • Imagens: Divulgação/Internet

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