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Laranja cara, podre e obrigatória: a analogia da tributação.

Data da Noticia 11/11/2018

Confesso que, entre as figuras de linguagem, talvez a analogia seja minha paixão particular (obsessão, para quem não tolera eufemismo). Por vezes me flagro explicando tudo por meio dela; tenho minhas razões. Analogia é a comparação entre uma ideia ou situação concreta e outra, hipotética, de lógica semelhante. Afinal, "jogar em casa" é vantajoso, mesmo cognitivamente.

Desafiei-me, há poucos dias, a conceituar de forma figurada a violenta carga tributária que sem trégua nos oprime. Cheguei à seguinte situação: você paga R$ 20,00 para adquirir uma laranja (sim, uma única laranja). Então pagar impostos é oferecer por um produto ou serviço muito mais do que ele realmente vale? Sim, mas a analogia não está completa; reformulemos. Agora você continua pagando R$ 20,00 por uma única laranja, mas recebe uma laranja podre. Agora sim! Imposto é pagar muito por um serviço e ainda recebê-lo com a pior qualidade possível, certo? Não! Concordo que a situação já parece extremamente injusta, mas para conceituar impostos corretamente, precisamos piorá-la ainda mais.

Agora vai: você não quer pagar R$ 20,00 por uma laranja podre, você não precisa dela. Porém, é violentamente forçado a adquiri-la. Se resistir, será criminalizado e punido pelo feirante que te ofereceu a laranja, afinal ele também é o juiz. Pronto, temos a analogia perfeita. Impostos são valores que pagamos, contra nossa vontade, para que o Estado faça por nós aquilo que poderíamos fazer por conta própria; e claro, ele faz da pior forma possível. Imposto é roubo! Quem deve administrar os frutos do teu trabalho é você!



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  • Autor: Gerson Dickel / Comunidade FM
  • Imagens: Ilustrativa

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